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Reflexão

Namorar é viver o ABC dos sentimentos

Para a psicóloga, psicanalista e especialista na Ciência do Sentir, Beatriz Breves, namorar é ter acesso a mais de 500 sentimentos diferentes

Publicado em 12/06/2022 às 08:00
Atualizado em

Beatriz Breves - autora do artigo (Foto: Laisa de Souza)

No ABC dos sentimentos, namorar é saber construir uma condição de aceitação, amor, aconchego, amizade e bondade. É igualmente viver a experiência de carinho, confiança, companheirismo e comprometimento, inclusive, nos momentos em que se prevalece, por exemplo, a chatice, o ciúme e a decepção. Até mesmo nessas horas, namorar é fazer valer a dignidade e a empatia para, assim, nutrir a esperança e a fé na força pessoal.

Sim, no ABC dos sentimentos, namorar também se revela na capacidade para suportar a frustração que, ao espelho da gratidão, mostra-se na humildade sem humilhação. Sem dúvida, nesse alfabeto, o namoro também experiência a impotência, insegurança e irritação, o que coloca muitas vezes a pessoa no seu limite: ultrapassa a fronteira da mágoa com o mau-humor. Sentimentos que podem levar o casal a mergulhar nas águas do medo, que emerge o negativismo e o orgulho.

Entretanto, estar em uma relação é aprender a nadar no turbilhão emocional interno e, desta forma, conseguir permanecer, mesmo durante a tempestade, com otimismo, paciência e paixão, tornando-se capaz de perdoar a si e ao outro.

Tudo isso significa conhecer a dois os sentimentos de paz, perseverança, preocupação, raiva, renúncia, respeito e responsabilidade. Assim como os de saudade, solidão, solidariedade, teimosia, ternura, tesão, tranquilidade, tolerância, união, vitória, vivacidade, virtude e zelo.

De fato, namorar é acessar aos mais de 500 sentimentos inerentes ao ser humano que, ao entrar em ressonância e superpondo-se entre si, faz vibrar a qualidade afetiva que irá colorir a complexidade formada por cada casal, a ser revelada através de uma escala de tonalidade única e exclusiva do par.

Portanto, namorar é valer-se da plenitude do ABC dos sentimentos, um alfabeto que, se manifestando nas entrelinhas das falas e dos gestos, possibilita ao casal, mesmo após anos de relação, conquistar a condição de eternos namorados. Feliz é o casal que não perde a capacidade de namorar.


Autora do artigo: Beatriz Breves é psicóloga, psicanalista, física e psicoterapeuta. Sua especialidade é a Ciência do Sentir e os mais de 500 sentimentos listados durante 35 anos de pesquisa.


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