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Falta de vacina pentavalente nas UBSs preocupa mães em Jundiaí

A vacina pentavalente é aplicada em três períodos. Aos dois, quatro e seis meses de vida.

Publicado em 18/12/2019 às 04:36

A falta da vacina pentavalente nas Unidades Básicas de Saúde de Jundiaí tem tirado o sono das mães, que buscam alternativas em clínicas particulares e arcam com custos altos para não correrem o risco de que doenças como difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, além de um tipo de meningite causada por bactéria, assolem a vida dos recém-nascidos.

A psicóloga Carolina Fonseca costuma levar seu filho Rafael para tomar as vacinas na UBS da Vila Hortolândia. Há dois meses, ela já não encontrava a imunização naquela Unidade. 

A vacina pentavalente é aplicada em três períodos. Aos dois, quatro e seis meses de vida. Nas oito Unidades Básicas de Saúde de Jundiaí procuradas, cinco delas enfrentavam desbastecimento: Vila Hortolândia, Vila Aparecida, Anhangabaú, Jardim Tulioas e Traviú. As outras três, no bairros Eloy Chaves, São Camilo e Agapeama não atenderam as ligações.

Mãe de seis filhos, Flávia Alves mobilizou as redes sociais em busca de algum lugar que tivesse a vacina de graça, sem êxito. Ela procura uma maneira de imunizar a criança. “A dose custa R$ 350 em média e não achei nenhum lugar público que forneça. Está difícil porque a gente fica vulnerável e se preocupa com a saúde”, comenta.

No post em que reivindica a vacina, dezenas de outras mães também relataram o mesmo problema.

Vigilância

Procurada, a Vigilância Epidemiológica (VE), órgão da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), informa que o Ministério da Saúde não encaminhou neste mês as doses da vacina pentavalente. A Vigilância manteve a administração do estoque recebido anteriormente, de forma a evitar perdas e oferecer o serviço à população, até o término dos estoques.

No momento, o órgão aguarda posicionamento do Ministério da Saúde sobre a regularização da oferta. Assim que as doses forem entregues, será feita ampla divulgação

País inteiro

O Ministério da Saúde deixou de repassar a vacina para boa parte do país. já que a sua produção é feita fora do Brasil, A remessa adquirida por intermédio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), foi reprovada em teste de qualidade feito pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A pasta, agora, tem se reunido para encontrar soluções com o objetivo de tornar a produção nacional.

De um total de 800 mil doses previstas para regularizar a distribuição nacional, a pasta já enviou metade, ou seja, 440 mil, no início de outubro e a outra metade estava prevista para ser entregue até o fim daquele mês.

Porém, esta última leva não foi enviada para os Estados, que repassaram aos municípios. As compras continuam suspensas.

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