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Arquitetura hostil se espalha por Campinas e região

Lei Federal que proíbe elementos urbanos para afastar e segregar pessoas vulneráveis mobiliza ações de combate à exclusão na cidade

Publicado em 17/01/2023 às 14:47
Atualizado em

(Foto: Divulgação Leandro Ferreira)

Pedras embaixo de viaduto e pontilhões, cercas pontiagudas em frente de estabelecimentos comerciais, estruturas de ferro com características medievais e outros tipos de instalações estranhas. Esses elementos podem ser verificados a partir de uma observação um pouco mais atenta dos espaços públicos da área central de Campinas. São as chamadas arquiteturas hostis, que dificultam o acesso de populações vulneráveis, como pessoas em situação de rua. Essas fortalezas da hostilidade, no entanto, estão em processo de demolição. Elas são comuns em grandes centros urbanos e em áreas de comércio. O objetivo é impedir que as cercanias da lojas sejam usadas como descanso ou pernoite.

Pedras embaixo de viaduto e pontilhões, cercas pontiagudas em frente de estabelecimentos comerciais, estruturas de ferro com características medievais e outros tipos de instalações estranhas. Esses elementos podem ser verificados a partir de uma observação um pouco mais atenta dos espaços públicos da área central de Campinas. São as chamadas arquiteturas hostis, que dificultam o acesso de populações vulneráveis, como pessoas em situação de rua. Essas fortalezas da hostilidade, no entanto, estão em processo de demolição. Elas são comuns em grandes centros urbanos e em áreas de comércio. O objetivo é impedir que as cercanias da lojas sejam usadas como descanso ou pernoite.



A lei proíbe a construção e instalação de estruturas hostis.




Padre Júlio contra a aporofobia

A lei já sancionada e em vigência sugere e induz a ações de acolhimento e não de rejeição. Assim, saímos da hostilidade para a hospitalidade”, comemora o padre Júlio Lancellotti, que dá nome à Lei. Desde 1986, o religioso de 74 anos promove trabalhos sociais voltados principalmente à população em situação de rua na cidade de São Paulo.


Coordenador da Pastoral do Povo de Rua, Lancellotti viralizou ao utilizar uma marreta para remover pedras pontiagudas que haviam sido instaladas pela Prefeitura de São Paulo em um viaduto na cidade, para evitar que o local fosse utilizado como abrigo pela população em situação de rua.



Lancellotti destaca a luta para que a lei fosse sancionada e entrasse em vigor.




O Projeto de Lei foi apresentado pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES) e teve aprovação do Senado. Na Câmara dos Deputados, o projeto passou pelas várias comissões e também foi aprovado. Só que o ex-presidente Jair Bolsonaro vetou o PL. A Câmara, por sua vez, derrubou o veto do ex-presidente e a Lei foi promulgada e está em vigência.

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