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Crise

VINHEDO perde três restaurantes e pizzaria em 2020.

Baessa, Macarronada Italiana,Quintal do Talho, e a pizzaria Manipero, foram, por enquanto, os que encerraram atividades.

Publicado em 04/01/2020 às 21:07

VINHEDO perde três restaurantes e pizzaria em 2020. Macarronada Italiana está entre eles

VINHEDO, aos poucos, vem perdendo a classificação de variedades no roteiro gastronômico do interior paulista. O município começou 2020 com menos três renomados restaurantes e, pelo menos, uma pizzaria. A restrição em opções de lazer preocupa. Sem elas, o turismo gastronômico não se desenvolve e portas de emprego se fecham, sem contar o enfraquecimento do comércio. Baessa, MacarronadaItaliana , QuintaldoTalho, e a pizzaria Manipero, foram, por enquanto, os que encerraram atividades.

A Macarronada, a mais antiga em funcionamento, com quase 40 anos em VINHEDO, fechou as portas para o público, e deixa aos saudosistas uma época de cardápio a la carte diferenciado e aquele variado buffet aos domingos. Porém, segundo Júlio Gobatto, proprietário da tradicional Macarronada Italiana de VINHEDO, o estabelecimento continua, somente com foco para eventos e festas, não abrindo mais ao público como restaurante. Para muitos vinhedenses, um choque. Quintal do Talho e Manipero se despediram dos clientes e amigos por meio de seus perfis nas Redes Sociais. Já o Baessa, simplesmente fechou. Por um ano, foi um dos lugares mais ‘badalados’ da cidade. Há rumores de que o local será reaberto em fevereiro, com outro nome.

Enquanto a economia do País reage lentamente às medidas do atual Governo Federal, o mercado tenta se adequar à transformação do consumo, que hoje muda a toda hora, luta diariamente contra o aumento de aluguéis, combustível, gás e energia elétrica, e ainda suporta a maior carga tributária do mundo. E tem mais: seguir tendências também tem seus custos, principalmente no ramo de alimentação.

Para o presidente da Acivi (Associação Comercial e Industrial de VINHEDO), Flamarion Polga, o município está passando por um processo de transformação comercial muito rápido, e o período de estabelecimentos do setor varejista que fecharão as portas ainda não acabou. “Tem lojas e restaurantes fechando sim, mas tem novos tipos de comércio abrindo também. É uma fase de transição e transformação, e que nestes novos tempos está se tornando mais rápida e dinâmica. O que temos visto nestes últimos anos, é a mudança no hábito de consumo das pessoas. Com o fácil acesso a Internet, chegada de inúmeros aplicativos ao mercado, as empresas vem se adaptando ao novo consumidor, que automaticamente se tornam mais exigentes. Em recente pesquisa, o que vemos é o valor dos produtos/serviços em sétimo lugar.


Sendo que, atendimento, custo e benefício, horário de funcionamento e estacionamento são quesitos que se destacam muito. Infelizmente, nossa cidade não é a única que enfrenta estes problemas. A forma de consumo, custos altos para manter uma empresa aberta (quem tem sabe), mão de obra, concorrência com e-commerce e aplicativos, isso tudo torna o cliente aberto a novas experiências. A Acivi está atenta a tudo isso e tem promovido cursos e reuniões para atualizar o comerciante”, contou o presidente.

Já secretário de Comércio e Indústria da Prefeitura de VINHEDO, Matheus Galbes, soube do fechamento destes comércios pelas Redes Sociais. “Todos fomos pegos de surpresa. Notícia triste e lamentável, pois o município perde no desenvolvimento, na produção, na formação de vagas de emprego e também na arrecadação. Todos perdemos, e isso vai no contra fluxo da inovação e do empreendedorismo que trabalhamos muito para se concretizar. Vou me reunir com representantes do comércio de alimentos e associações representativas para ouvir sugestões e qual a dificuldade que passam, para que Prefeitura e comerciantes continuem trabalhando juntos neste processo de desenvolvimento econômico, comercial e industrial de VINHEDO”, afirmou o secretário.

Célio Capovilla, presidente da Avetur (Associação Vinhedense do Turismo) observa os fechamentos com preocupação. “Assumi à presidência da entidade há um mês e a preocupação com a dificuldade em se manter um roteiro gastronômico variado e sólido está em nossa pauta. Somente com a união dos comerciantes deste ramo é que vamos conseguir reverter esse quadro. O Poder Público também tem que ajudar com incentivos fiscais e eventos que agreguem público e movimentem o comércio “, disse Campovilla.

À população também tem se expressado através da internet, sobre estes acontecimentos e temem que mais restaurantes fechem as portas. “Triste de ver estes restaurantes fechados (e de saber de outros dois que também fecharão nestes próximos dias), de pensar nas pessoas desempregadas, e principalmente, de não ver nada sendo feito para incentivar empresas que trariam além de dinheiro, mais empregos compatíveis com o custo de vida da cidade. Queria fazer um post cheio de esperança pra começar o ano, mas não dá pra ignorar certas coisas... RIP Quintal do Talho, Manipero, Macarronada Italiana e Baessa!”, afirmou a vinhedense Carol Nader, triste com a notícia de tantas portas se fechando.

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