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Economia

Crédito está mais fácil e barato, mas publicidade maquia riscos, mostra estudo

Quais modalidades de crédito foram analisadas? Crédito pessoal e consignado, cartão de crédito, crédito para pessoas negativadas e crédito a renegociar

Publicado em 21/12/2019 às 06:36

O ambiente para o mercado de crédito está favorável. Juros básicos em queda, economia em recuperação, competição crescente entre os bancos e ofertas que chamam a atenção no setor de financiamento habitacional. Mas esse ecossistema só é sustentável se os termos dos empréstimos forem muito bem conhecidos pelos tomadores. Não é o que está acontecendo, mostra um estudo recém-lançado pelo Idec (Instituto de Defesa do Consumidor).

Que estudo é esse? Foram analisadas mais de 100 peças publicitárias produzidas por 31 empresas do setor de crédito, entre bancos, financeiras, fintechs e correspondentes bancários, que são empresas que atuam como bancos. O objetivo era verificar se as empresas respeitavam o Código de Defesa do Consumidor e avaliar o impacto da comunicação no superendividamento dos brasileiros. O país tem 64% de famílias com dívidas.

Quais modalidades de crédito foram analisadas? Crédito pessoal e consignado, cartão de crédito, crédito para pessoas negativadas e crédito para renegociação das dívidas.

Qual o resultado? As empresas fazem uma comunicação que estimula as decisões por impulso e são pouco claras quanto aos termos dos contratos. O termo “juros”, que informa sobre um componente fundamental na hora decidir ou não pelo empréstimo, é pouco abordado. Já o termo “taxas”, de conceito bem abrangente, é empregado mais frequentemente, apesar de acrescentar pouca coisa na compreensão do anúncio publicitário.

Das publicidades analisadas, 40,8% continham asteriscos ou letras pequenas que dificultam a leitura, principalmente nas publicidades impressas e nos cartazes das agências. Em 35,3% desses casos, o produto era o crédito consignado, que tem o público idoso como principal alvo.

O que as empresas usam para chamar atenção? Verbos no imperativo (veja, compare, faça etc.). E também abordam a ideia de praticidade, rapidez na contratação e possibilidade de realização de sonhos.

Como me proteger de entrar em uma cilada? Segundo o próprio Idec, as recomendações são: avalie se o empréstimo é mesmo necessário e, se sim, planeje a contratação antes de efetivamente fazê-la. Tenha um pé atrás diante das propagandas que vendem “felicidade” e “sonho fácil” e leia atentamente as informações que estão no rodapé das páginas.

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