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ECOLOGIA

Programa de reciclagem de Louveira gera economia sustentável com emprego e renda

Cidade chegou a incrível marca de 85% de reciclagem do lixo

Publicado em 25/10/2019 às 05:38

Louveira tem um dos maiores índices de reciclagem do estado de São Paulo (Foto: Divulgação)

Aprimorar políticas públicas em benefício do meio ambiente é prioridade para a Prefeitura de Louveira. Um exemplo disso é a estrutura de coleta seletiva que alcançou um índice de 85% de reciclagem do material coletado.

Para tratar cerca de 150 toneladas de materiais recicláveis recolhidos ao mês, o Centro de Gerenciamento de Resíduos de Louveira (CGR) recebe cerca de 40 trabalhadores da Cooperativa de Reciclagem Recomeço desde 2018, quando o projeto ainda contava com apenas 15 cooperadores.

A presidente da cooperativa, Elisângela Strabello, revelou como o apoio da Prefeitura de Louveira ajudou no processo de estruturação da instituição. “Eu trabalho há 18 anos na área de produção, porém não tinha experiência com burocracias e o auxilio da prefeitura nessas questões foi fundamental para abertura da cooperativa e início das nossas atividades”.

Além dos assuntos administrativos, a cooperativa recebe suporte para manter suas instalações no bairro do Capivari e todos os equipamentos necessários, como esteira, prensa e empilhadeira para que os recicláveis sejam separados, compactados e destinados às empresas que os reutilizam como matéria prima para novos produtos.

Atualmente a estrutura de coleta seletiva louveirense atende 100% do território do município, seja na área rural ou urbana, por meio da entrega gratuita de 56 mil sacos verdes mensalmente. Antes desses investimentos em estrutura, todo o material reciclável gerado em Louveira era levado para aterros, causando impacto ambiental e gastos com o transporte.

Hoje o resultado da venda do material é destinado diretamente aos mais de 40 trabalhadores organizados no modelo de cooperativa que, além de distribuir de acordo com a produtividade, ainda paga a contribuição do INSS de cada cooperado. Segundo Elisângela, “no começo da cooperativa, os 15 trabalhadores ganhavam em média R$ 600 e hoje conseguimos o dobro desse valor para 40 cooperados. Esperamos aumentar a equipe para 45 pessoas até o final do ano”.

Separação do material reciclável

Todo munícipe pode cooperar para o destino correto do material reciclável. Isso porque a separação correta é o primeiro passo para a destinação, disposição e tratamento adequado desses resíduos.

Os resíduos como cascas de frutas e legumes devem ser encaminhados para coleta de lixo orgânico. Já os recicláveis devem ser embalados nos sacos verdes entregues gratuitamente pela prefeitura e destinados para a coleta seletiva, seguindo algumas dicas:

• Lave as embalagens que continham produtos orgânicos antes do descarte;

• Não amasse e nem molhe os papéis. Ao invés disso, dobre-os dentro do saco, diminuindo bastante o volume;

• Vidros quebrados e materiais cortantes devem ser enrolados em jornal ou colocados em uma caixa para evitar acidentes;

Lembrando que resíduos como papéis higiênicos, fraldas usadas, papéis engordurados, espelhos quebrados, itens de porcelana, madeira ou restos de tecidos não devem ser encaminhados para coleta seletiva.

Reciclagem de isopor e óleo de cozinha

Alguns resíduos ainda geram dúvidas sobre como destiná-los a reciclagem, como o isopor e o óleo de cozinha. O poliestireno, mais conhecido como isopor, ao contrário do que muitos pensam, pode e deve ser descartado com outros resíduos sólidos como papéis, vidros, metais e plásticos.

O isopor na verdade é um plástico, e por isso é 100% reaproveitado e pode ser utilizado na substituição da madeira para fazer molduras para quadros, sancas, rodapés, réguas e brinquedos.

Já o descarte do óleo de cozinha usado não deve ser feito no ralo da pia, no vaso sanitário e nem com o lixo orgânico, pois esses destinos incorretos levam à contaminação do solo. Após o seu uso, espere esfriar e despeje-o num recipiente bem fechado para efetuar a entrega junto com o saco verde. O material é encaminhado para locais especializados que poderão transformá-lo em ração animal, detergente, cosméticos, tintas, biodiesel e massa de vidro.

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